A criança é sempre vista com bons olhos por todos, por sempre falarem o que pensam.
Mas dizer tudo que acha, que pensa, e que até sente, nem sempre é e será saudável!
É exatamente aí que reside a diferença entre ser criança e ser adulto. No ter a capacidade de discernir o que falar, o que não falar e como falar.
Demonstramos infantilidade quando falamos e escrevemos o que narcisticamente queremos falar e escrever, sem pensar nas consequências, quando impomos aos outros o ouvir o que tenho para falar e/ou ler o que tenho para escrever.
Por isso uso a frase: “Nossa criança interior fala e escreve, o que o inconsciente está cheio!”
O adulto, que já tem, e/ou deveria ter o ego mais bem estruturado, considera o que falar, o que escrever, considera se deve ou não.
Um dos resultados da análise bem sucedida, é proporcionar essa estruturação, restruturação do Ego, nos “tirando” de forma mais saudável possível da infantilidade de ser e agir.
Será que sei realmente o que tenho falado? O que tenho escrito? Para quem tenho falado, para quem tenho escrito? Tenho agido com qual faixa etária?
Que não nos falte análise, autoanálise e harmonização entre a criança e o adulto que somos!
Aurélio Gonzales / @aurelio.gonzales
Diretor e Psicanalista do NBP-Núcleo Brasileiro de Psicanálise