Psicanálise

A Psicanálise no Brasil é um curso livre de acordo com a CBO 2515.50 – Classificação Brasileira de Ocupações, no Ministério do Trabalho e Emprego – Portaria 397/TEM de 09/10/2002. Ainda, com o desejo de encerrar a ignorância de muitos sobre a exigência de curso superior para tornar-se psicanalista, compartilho a escrita de Sigmund Freud, pai da Psicanálise em (1919/1974), no texto “Sobre o Ensino da Psicanálise na Universidade”:
É indubitável que a incorporação da psicanálise ao ensino universitário significaria uma satisfação moral para todo psicanalista, mas não é menos evidente que este pode, por seu lado, prescindir da Universidade sem menosprezo algum para sua formação. Com efeito, a orientação teórica que lhe é imprescindível ele a obtém mediante o estudo da bibliografia respectiva e, mais concretamente, nas sessões científicas das associações psicanalíticas, assim como pelo contato pessoal com os membros mais antigos e experimentados das mesmas. Quanto a sua experiência prática, fora aquela adquirida através de sua própria análise, poderá alcançá-la mediante tratamentos efetuados sob controle e guia dos psicanalistas mais reconhecido. (p. 251)

Freud segue dizendo:
” … Cabe afirmar que a Universidade só pode se beneficiar com a assimilação da psicanálise em seus planos de estudo” (Freud, 1919/1974, p. 353).

Freud também enuncia o conhecido tripé da psicanálise (Análise Pessoal, Conhecimento Teórico e Supervisão).

Aurélio Gonzales / @aurelio.gonzales
Diretor e Psicanalista do NBP-Núcleo Brasileiro de Psicanálise

Última entrevista dada por Sigmund Freud à George Sylvester Viereck.
A entrevista aconteceu em sua residência de verão em Semmering, nos Alpes austríacos. Segundo George, Freud tinha a face contraída, como se estivesse sofrendo, após uma intervenção cirúrgica devido ao câncer na mandíbula. Ainda assim, continuava cortês e atento.

George Sylvester Viereck: O senhor já se analisou?
Sigmund Freud: Obviamente. O psicanalista deve analisar-se constantemente. Aumenta nossa capacidade de analisar os outros. O psicanalista é como o bode expiatório dos hebreus. Os demais depositam nele os seus pecados.

Aurélio Gonzales / @aurelio.gonzales
Diretor e Psicanalista do NBP-Núcleo Brasileiro de Psicanálise

“A semelhança da doença também ao restado de dormir implica uma retirada narcisista das posições libidinais sobre a própria pessoa; mais precisamente, sobre seu exclusivo desejo de dormir.
Em ambos os casos, quer nos sonhos quer nas doenças, se têm exemplos de alterações na distribuição da libido em conseqüência de uma alteração do ego.”
(Sigmund Freud em “Introdução ao Narcisismo 1914)

Freud declara que ao dormir, assim como no adoecer, temos um direcionamento da nossa libido para nós mesmos (movimento narcísico, auto-erótico). No dormir, sonhamos e nos sonhos temos “realização de desejos” como Freud descreve em sua teoria sobre os sonhos.
Dormir é desconectar-se da realidade externa e conectar-se a si mesmo, ao interno, aos seus desejos, aos seus próprios interesses.

Claro, dormir é saudável e necessário! Mas existem duas perguntas necessárias:
Quanto tempo tenho dedicado ao sono?
Quanta necessidade eu tenho sentido de dormir?

Observe e leve esse movimento narcísico para sua análise!

Aurélio Gonzales / @aurelio.gonzales
Diretor e Psicanalista do NBP-Núcleo Brasileiro de Psicanálise

A criança é sempre vista com bons olhos por todos, por sempre falarem o que pensam.
Mas dizer tudo que acha, que pensa, e que até sente, nem sempre é e será saudável!

É exatamente aí que reside a diferença entre ser criança e ser adulto. No ter a capacidade de discernir o que falar, o que não falar e como falar.

Demonstramos infantilidade quando falamos e escrevemos o que narcisticamente queremos falar e escrever, sem pensar nas consequências, quando impomos aos outros o ouvir o que tenho para falar e/ou ler o que tenho para escrever.

Por isso uso a frase: “Nossa criança interior fala e escreve, o que o inconsciente está cheio!”

O adulto, que já tem, e/ou deveria ter o ego mais bem estruturado, considera o que falar, o que escrever, considera se deve ou não.
Um dos resultados da análise bem sucedida, é proporcionar essa estruturação, restruturação do Ego, nos “tirando” de forma mais saudável possível da infantilidade de ser e agir.

Será que sei realmente o que tenho falado? O que tenho escrito? Para quem tenho falado, para quem tenho escrito? Tenho agido com qual faixa etária?

Que não nos falte análise, autoanálise e harmonização entre a criança e o adulto que somos!

Aurélio Gonzales / @aurelio.gonzales
Diretor e Psicanalista do NBP-Núcleo Brasileiro de Psicanálise